Hemocentro RP: aqui também tem pesquisa
Aqui também tem pesquisa
A combinação de duas imunoterapias revolucionárias, inibição de checkpoint imunológico e células T geneticamente modificadas, é tema de artigo publicado pelos pesquisadores do Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto e CTC – USP.
A bióloga Rafaela Rossetti, uma das autoras do estudo “Combination of genetically engineered T cells and immune checkpoint blockade for the treatment of cancer”, explica abaixo o conteúdo abordado.
Confira o trabalho completo, divulgado em janeiro pelo periódico Immunotherapy Advances, no link: https://bit.ly/3sxR74d
A doença falciforme é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. De origem genética, a síndrome provoca a deformação dos glóbulos vermelhos, causando inflamação crônica e debilitante. Neste contexto, a terapia com células-tronco hematopoiéticas alogênicas é o único tratamento curativo aprovado e disponível no SUS.
Um recente artigo publicado pelos pesquisadores do CTC-USP e Hemocentro RP, com a colaboração da Unidade de Transplante de Medula Óssea da FMRP-USP, avaliou as respostas clínicas e imunológicas dos pacientes transplantados, para que futuramente os protocolos clínicos possam ser aprimorados.
A Profa. Dra. Kelen Malmegrim (FCFRP-USP) e a Dra. Júlia de Azevedo, autoras do estudo “Long-Term Effects of Allogeneic Hematopoietic Stem Cell Transplantation on Systemic Inflammation in Sickle Cell Disease Patients”, explicam abaixo o conteúdo abordado.
Confira o trabalho completo, divulgado pelo periódico Frontiers in Immunology, no link: https://bit.ly/33Kb53h.
O transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas é uma opção terapêutica para pacientes com esclerose sistêmica grave e progressiva. A bióloga Maynara Santana Gonçalves investigou como o procedimento afeta a vasculopatia dos portadores da doença.
Os resultados foram publicados no artigo “Autologous hematopoietic stem cell transplantation modifies specific aspects of systemic sclerosis-related microvasculopathy”, orientado pela Profa. Dra. Maria Carolina Oliveira pesquisadora do CTC-USP e do Hemocentro RP.
Confira o trabalho completo, divulgado em 28 de março pelo periódico Therapeutic Advances in Musculoskeletal Disease, no link: https://bit.ly/3x6ELUr.
O transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas trata pacientes com esclerose sistêmica grave e progressiva. No entanto, alguns mecanismos básicos associados à eficácia terapêutica do procedimento ainda são alvo de estudos. Para contribuir nesta missão científica, o biólogo Djúlio C. Zanin Silva avaliou como a intervenção afeta a fibrose da pele em pacientes portadores da doença.
Os resultados foram publicados no artigo “Autologous hematopoietic stem cell transplantation promotes connective tissue remodeling in systemic sclerosis patients”, orientado pela Profa. Dra. Maria Carolina Oliveira, pesquisadora do CTC-USP e do Hemocentro de Ribeirão Preto.
O trabalho completo, divulgado em 29 de abril pelo periódico Arthritis Research & Therapy, está disponível no link: https://bit.ly/37cUXZE.
A terapia gênica tem demonstrado possibilidades promissoras no tratamento de doenças associadas ao câncer, cardiovasculares, autoimunes, monogênicas, infecciosas e neurológicas. No entanto, a tecnologia enfrenta altos custos atrelados à natureza autóloga, à complexidade do processo de produção e aos vetores virais necessários para gerar as células CAR T.
A engenheira biotecnológica Mariane Cariati Tirapelle pesquisa como otimizar o procedimento, reduzir despesas, aumentar o potencial comercial e consequentemente o atendimento à demanda clínica. Os vetores lentivirais têm papel importante nesta estratégia e são alvo de intenso estudo.
Parte dos resultados desta investigação foram publicados no artigo “Transition from serum-supplemented monolayer to serum-free suspension lentiviral vector production for generation of chimeric antigen receptor T cells”, orientado pela Profa. Dra. Kamilla Swiech, pesquisadora do CTC-USP e do Hemocentro de Ribeirão Preto.
O trabalho completo, divulgado em 25 de maio pelo periódico Cytotherapy, está disponível no link: https://bit.ly/3wPijhX.
A tese de doutorado “Análise bioinformática e caracterização funcional de RNAs longos não-codificadores envolvidos na progressão do melanoma”, de autoria do pesquisador Ádamo Davi Diógenes Siena, recebeu Menção Honrosa no “Prêmio CAPES de Tese 2022”.
O trabalho foi premiado na área de Ciências Biológicas I e contou com a orientação do Prof. Dr. Wilson Araújo da Silva Junior, docente da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e pesquisador principal do Centro de Terapia Celular (CTC-USP).
O melanoma representa cerca de 5% dos cânceres de pele, mas corresponde a 80% das mortes de pacientes acometidos. Quando detectado precocemente, tem grande chance de ressecção, mas em um cenário de metástase seu prognóstico é ruim.
O estudo completo está disponível na Biblioteca Digital da USP no link: https://bit.ly/3JLI3Ro.
O CTC-USP e o Hemocentro de Ribeirão Preto parabenizam os pesquisadores pela conquista!
A utilização dos linfócitos T-CAR como alternativa para o tratamento do câncer tem se mostrado promissora. A terapia apresentou uma eficácia alta em casos de leucemias e linfomas de células B, mas um êxito ainda limitado para outros tipos de tumores.
Nesse sentido, diversos centros de pesquisa têm trabalhado para ampliar as possibilidades no combate à doença, incluindo o Centro de Terapia Celular (CTC-USP), primeira instituição a desenvolver tecnologia 100% brasileira para a produção de células CAR-T.
Uma dessa abordagens é a polarização dos linfócitos para o fenótipo Th17, alvo de estudo da engenheira biotecnológica Heloisa Brand, mestranda em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).
Os resultados desta investigação fazem parte da dissertação “Caracterização funcional de linfócitos T-CAR anti-CD19 polarizados para o fenótipo Th17 através da superexpressão de RORγt” que será defendida em setembro, orientada pelo Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza, coordenador do Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador do CTC-USP.
As neoplasias mieloides secundárias são complicações graves que a longo prazo podem ocorrer em pacientes com anemia aplástica e hemoglobinúria paroxística noturna. No entanto, a doença ainda carece de preditores específicos, medidas de vigilância dedicadas e intervenções terapêuticas precoces.
Essa importante abordagem é tema de um recente artigo publicado no “Journal of Clinical Oncology”, a mais importante revista de oncologia do mundo, que teve a colaboração do Prof. Dr. Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor presidente executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC-USP.
O estudo “Clinical and Molecular Determinants of Clonal Evolution in Aplastic Anemia and Paroxysmal Nocturnal Hemoglobinuria”, divulgado no dia 02/09, está disponível no link: https://ascopubs.org/doi/abs/10.1200/JCO.22.00710
A anemia aplástica é uma doença caracterizada pela redução na produção dos constituintes do sangue: hemácias, plaquetas e glóbulos brancos. Ela pode ser de origem hereditária ou adquirida ao longo da vida por meio de contato com agentes químicos.
A hemoglobinúria paroxística noturna é uma doença rara das células-tronco, caracterizada por uma anemia hemolítica, ou seja, quando a medula óssea não é capaz de repor os glóbulos vermelhos que estão sendo destruídos.
A pesquisadora Sarah Caroline Gomes de Lima foi premiada com o “Melhor Trabalho de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular”, no tradicional Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (HEMO 2022).
No estudo “All-In-One Virus-Free Manufacturing Process of Allogeneic Chimeric Antigen Receptor (CAR) T Cells Using CRISPR-Cas9”, os cientistas estabeleceram uma metodologia de produção simplificada e rápida para a geração de células CAR-T, de doadores saudáveis, que pode beneficiar pacientes no tratamento do câncer.
O trabalho será apresentado na Sessão Plenária do HEMO 2022, no dia 27/10, a partir das 13h30. A reunião é organizada pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e acontece de 26 a 29/10, em São Paulo.
A bióloga é mestranda pelo programa de pós-graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e integra o Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto / CTC-USP, onde é orientada pelo Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza.
O trabalho realizado pelo aluno de doutorado John Teibo, vinculado ao CTC-USP, foi premiado pela International Union of Biochemistry and Molecular Biology. Com o “travel award”, o pesquisador vai realizar um estágio de três meses no laboratório do Prof. Dario Alessi, na Universidade de Dundee, na Escócia.
O estudo “Proteomics and Phosphoproteomic Analysis of Molecular Mechanisms and Signaling of Anti-CD19 CAR-T Cells Therapy in Leukemia and Lymphoma” é orientado pelo Prof. Dr. Vitor Faça, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da FMRP-USP e pesquisador principal do CTC-USP.
Um tratamento inovador com foco na doença dos telômeros é destaque em um dos periódicos de maior impacto na área da Hematologia no mundo. O estudo realizado no Hemocentro de Ribeirão Preto e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) apontou que o uso de hormônios masculinos diminuiu a progressão da doença em 100% dos pacientes e trouxe melhoria efetiva na condição clínica.
Os telômeros concentram o nosso material genético e atuam como se fossem o relógio biológico da célula. A cada divisão celular ocorre o encurtamento natural destes cromossomos. Em pessoas com telomeropatia este encurtamento ocorre de forma acelerada, adiantando o processo de morte celular. O resultado pode se manifestar em insuficiência da medula óssea, fibrose pulmonar e cirrose hepática. Não existe um tratamento específico para a doença, podendo em casos mais graves ser recomendado o transplante da medula óssea.
O Dr. Diego Villa Clé, diretor médico do Hemocentro RP, é o autor principal do artigo “Effects of nandrolone decanoate on telomere length and clinical outcome in patients with telomeropathies: a prospective trial”, publicado no dia 29/12, na Revista Haematologica. Assista ao vídeo e saiba mais sobre esta importante descoberta científica!
Link: https://haematologica.org/article/view/haematol.2022.281808
Você conhece as células NK? As “Natural Killer Cells” são importantes aliadas na resposta precoce às células tumorais e infecções virais. O Hemocentro de Ribeirão Preto e o CTC-USP desenvolvem pesquisas de ponta nesta área visando o tratamento de doenças.
Um destes estudos acaba de ser premiado pela International Society for Cell & Gene Therapy (ISCT), com o prêmio “Top Scoring Emerging Economy Abstract Award – ISCT 2023 Paris Annual Meeting”.
O pesquisador e doutorando Matheus Henrique dos Santos e a sua orientadora Virginia Picanço e Castro, coordenadora do Laboratório de Biotecnologia do Hemocentro RP, contam sobre o trabalho realizado e o funcionamento destas células no combate ao câncer.
Assista ao vídeo e saiba mais!
O Hemocentro de Ribeirão Preto é referência quando o assunto é segurança na doação e transfusão de sangue. Todo sangue doado é testado no nosso Laboratório NAT, sigla para Teste de Ácidos Nucléicos, para detectar patógenos que são organismos circulantes no plasma sanguíneo capazes de causar doenças, como o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), HCV (Vírus da Hepatite C), HBV (Vírus da Hepatite B) e a malária.
A novidade, já em pleno funcionamento, é o equipamento “NAT Plus” que aumenta a sensibilidade na detecção destes patógenos. A tecnologia, fruto de uma parceria com o Ministério da Saúde, está presente em três bancos de sangue públicos do Estado de São Paulo: a Fundação Pró-Sangue, em São Paulo, o Hemocentro da Unicamp, em Campinas, e o Hemocentro de Ribeirão Preto.
A nova ferramenta atende as unidades próprias do Hemocentro RP, que ocupam 1/3 do Estado, e outros serviços de saúde públicos da região de Ribeirão Preto.
Saiba mais no vídeo abaixo com a biomédica Rochele Azevedo França, gerente do Laboratório NAT do Hemocentro RP.
A pesquisadora Maynara Santana Gonçalves, doutoranda do programa de Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da FMRP-USP, recebeu o “Prêmio Júlio Voltarelli” como melhor trabalho em Terapia Celular e Pesquisa Básica, do “XXVII Congresso da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea”, no dia 19/08, em Curitiba.
A pesquisa “Aumento dos mecanismos de imunoregulação em pacientes com esclerose sistêmica submetidos a transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas” foi orientada pela Prof. Dra. Maria Carolina de Oliveira e pela Profa. Dra. Kelen Malmegrim de Farias, pesquisadoras do Centro de Terapia Celular (CTC-USP) do Hemocentro RP.
O transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas é uma opção terapêutica para pacientes com esclerose sistêmica grave e progressiva. A doença é caracterizada por lesões microvasculares associadas a diferentes graus de fibrose da pele e dos órgãos internos. Os pacientes sofrem com problemas de falta de ar, dores pelo corpo, manchas e dificuldade de locomoção, levando muitos a deixarem seus trabalhos e o convívio familiar.
Os resultados do estudo premiado contribuem no entendimento da reposta terapêutica dos transplantados e no enfrentamento da doença.
Assista ao vídeo e saiba mais!
O transplante de medula óssea é uma modalidade terapêutica indicada para uma série de doenças malignas e não malignas. Porém, a principal complicação relacionada ao procedimento é a doença do enxerto-contra-hospedeiro na sua forma aguda ou crônica, uma condição grave que ocorre quando as células-tronco do doador atacam o receptor, principalmente acometendo a pele, o trato gastrointestinal e o fígado.
O trabalho da pesquisadora Camila Dermínio Donadel, médica do Hemocentro de Ribeirão Preto, recentemente defendido no Mestrado Profissional em Hemoterapia e Biotecnologia da USP, traz uma abordagem para o tratamento da doença utilizando a terapia com células estromais mesenquimais (MSC) de cordão umbilical. A iniciativa demonstrou resultados positivos na qualidade de vida dos pacientes, hoje com baixa disponibilidade de tratamentos alternativos, principalmente no SUS.
No estudo foram avaliados 52 pacientes em diferentes centros médico brasileiros, de 2015 a 2022, em sua maioria com leucemia aguda, linfoma e anemia aplástica. As células utilizadas foram expandidas no Laboratório de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP.
As MSC são encontradas na medula óssea, adipócitos e tecidos perinatais, como placenta e cordão umbilical. Elas apresentam vantagens, como: facilidade de obtenção e isolamento, alta capacidade de propagação em cultura e de migrar para locais de lesão, além de serem pouco agressivas ao organismo.
Assista ao vídeo e saiba mais sobre a pesquisa.
Leia o artigo: “Umbilical Cord Mesenchymal Stromal Cells for Steroid-Refractory Acute Graft-versus-Host Disease”, publicado no periódico Pharmaceuticals.
A expansão e a modificação genética das células NK ainda são uma tarefa desafiadora, contudo pesquisas realizadas no Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP trazem novos avanços para a área. O mais recente estudo, divulgado no periódico “Frontiers in Immunology”, é tema do vídeo com a biomédica Renata Nacasaki Silvestre.
O artigo “Engineering NK-CAR.19 cells with the IL-15/IL-15Rα complex improved proliferation and anti-tumor effect in vivo”, publicado no dia 25/09, descreve avanços ligados à expansão celular em cultura e a diminuição da progressão tumoral em camundongos. O processo para chegar a estes importantes resultados gerou uma patente registada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) do Governo Federal.
A terapia celular com células NK-CAR (Natural Killer Cells) é uma abordagem inovadora, em desenvolvimento, que permite inúmeras possibilidades no campo do tratamento do câncer. A engenharia genética mostrou resultados pré-clínicos promissores em cânceres hematológicos, tumores sólidos e infecções virais, mais eficazes e com menos efeitos colaterais que outras imunoterapias.
Link para o artigo: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2023.1226518/full
O primeiro vídeo de 2024 da série “Hemocentro aqui também tem pesquisa” apresenta um avanço científico no tratamento da doença falciforme. A biomédica Maria Luiza Arrojo desenvolveu durante o mestrado uma técnica inovadora e de baixo custo que permite a análise precisa da presença de hemoglobina fetal (HbF) nos glóbulos vermelhos. A HbF é conhecida por indicar a gravidade da manifestação da enfermidade, com níveis mais elevados associados a um melhor curso clínico.
A pesquisa representa um progresso na compreensão da doença genética, que está entre as mais prevalentes no Brasil (com alta taxa de mortalidade) e no mundo, e pode abrir novas perspectivas para terapias personalizadas e mais eficazes.
O distúrbio causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice. Os pacientes sofrem com infecções recorrentes que são a maior causa de morbidade, principalmente entre crianças. Além da inflamação crônica acompanhada de episódios de dor, os portadores têm uma desregulação do sistema imunológico.
O trabalho foi orientado pelo Prof. Dr. Rodrigo Alexandre Panepucci, coordenador do Laboratório de Biologia Funcional do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, e integra o programa de Pós-graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).
A dissertação “Desenvolvimento e validação de um novo método de citometria de fluxo para a quantificação do conteúdo de hemoglobina fetal em glóbulos vermelhos e sua potencial aplicação clínica na doença falciforme” está disponível no link: https://ctcusp.org/pdf/reports/Fevere…
Assista ao vídeo e saiba mais!
Quando o trabalho é feito com dedicação, os excelentes resultados aparecem. A prova é o reconhecimento pelo segundo ano consecutivo do prêmio “Top Scoring Emerging Economy Abstract Award”, promovido pela International Society for Cell & Gene Therapy (ISCT), às pesquisas com células CAR-NK realizadas no Hemocentro de Ribeirão Preto/Centro de Terapia Celular (CTC-USP).
Em 2023, o vencedor foi o doutorando Matheus Henrique dos Santos, agora é a vez do também doutorando da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), Alison Felipe Bordini Biggi. Ambos atuam no Laboratório de Biotecnologia, coordenado pela Profa. Dra. Virginia Picanço e Castro. O estudo, intitulado “IL-27 in a Fourth Generation CAR Enchaces CAR-NK Cell Effector Function”, tem como foco as Natural Killer Cells (NK), importantes aliadas na resposta precoce às células tumorais e infecções virais.
O pesquisador ministrará uma palestra e receberá o prêmio no encontro anual da ISCT que será realizado em Vancouver, no Canadá, de 29/05 a 01/06. Assista ao vídeo e conheça a terapia inovadora!
A terapia celular autóloga, que utiliza as células do próprio paciente, aponta novos caminhos para o tratamento da anemia falciforme, a doença genética hereditária predominante no Brasil e no mundo. A inovação é foco da tese de doutorado defendida pelo biotecnólogo Jonathan Milhomens.
O pesquisador foi aluno do programa em “Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular” da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), onde atuou no Laboratório de Biologia Molecular do Hemocentro RP/CTC-USP, coordenado pela Profa. Dra. Simone Kashima Haddad.
No vídeo abaixo, Jonathan apresenta os principais aspectos abordados no estudo intitulado “Correlação dos haplótipos de β-globina com as complicações clínicas e alterações nas células-tronco e progenitoras hematopoéticas circulantes com o uso de hidroxiureia na anemia falciforme”.
O trabalho aponta a necessidade de um melhor acompanhamento genético dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para um tratamento mais preciso e adequado. A anemia falciforme causa alterações nos glóbulos vermelhos (hemácias), tornando-os parecidos com uma foice.
Os pacientes sofrem com infecções recorrentes que são a maior causa de morbidade, principalmente entre crianças. Além da inflamação crônica acompanhada de episódios de dor, os portadores têm uma desregulação do sistema imunológico. Assista ao vídeo acima!
O biólogo Djúlio Zanin foi premiado como um dos melhores pôsteres apresentados no 43º European Workshop for Rheumatology Research (EWRR), realizado de 9 a 11 de maio, em Gênova (Itália). O doutorando atua no Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP e está em período sanduíche no Radboud University Medical Center (Holanda).
O trabalho abordou a investigação dos mecanismos imunológicos e moleculares relacionados à comunicação entre macrófagos e fibroblastos utilizando um novo modelo 3D in vitro de pele humana. O pesquisador já havia recebido apoio financeiro da European Alliance of Associations for Rheumatology (EULAR) para comparecer ao evento, pela excelente avaliação do resumo apresentado. Leia na página 136: https://bit.ly/4ax0XXY
Desde o mestrado, Zanin investiga o papel de moléculas e células envolvidas no eixo patológico inflamação-fibrose em pessoas com esclerose sistêmica submetidas a transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas. No vídeo, ele explica a técnica de engenharia tecidual, desenvolvida em parceria com os holandeses, para recriar em laboratório a pele de pacientes com a doença, o que pode oferecer uma alternativa mais efetiva em relação aos testes em animais.
O tradicional congresso da área de Reumatologia, com interface de Pesquisa Básica, englobou discussões sobre mecanismos fisiopatológicos, biomarcadores e o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para doenças reumáticas, autoimunes e inflamatórias.
O combate a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), câncer causado pela reprodução descontrolada de células do sangue, impõe desafios para pesquisadores, médicos e pacientes. O sucesso do tratamento é monitorado por um exame capaz de verificar pequenas quantidades de células doentes na medula óssea, a chamada doença residual mínima ou mensurável (DRM).
A detecção precoce deste indicador é um dos focos de pesquisa do Hemocentro de Ribeirão Preto e CTC-USP. A Dra. Leticia Olops Marani desenvolveu um protocolo padronizado inédito por citometria de fluxo paramétrica. Neste método as células são avaliadas individualmente a partir de diversos parâmetros, sempre comparadas com células normais. O trabalho acompanhou 191 pacientes, de 2015 a 2023, e os resultados apontaram que o teste é preditivo de recaída para o grupo de risco intermediário, de difícil manejo terapêutico.
O protocolo apresenta melhoria no monitoramento da doença e possibilita novas perspectivas para alvos terapêuticos e no acesso ao diagnóstico para a população brasileira. O estudo é resultado da tese “Estabelecimento de um protocolo de doença residual mínima por citometria de fluxo multiparamétrica em pacientes com leucemia mieloide aguda”, orientado pela Profa. Dra. Lorena Lôbo de Figueiredo Pontes, no Programa de Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).
Tese: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17154/tde-10102023-110058/pt-br.php
A pesquisadora Mariane Cariati Tirapelle recebeu o prêmio de “Melhor Apresentação Oral” no IX International Symposium on Translation Oncology, promovido pelo Hospital de Amor de Barretos, nos dias 13 e 14/09. O evento reuniu pesquisadores de renome nacional e internacional, que desenvolvem iniciativas nas diversas áreas da oncologia. A doutoranda é aluna do programa de pós-graduação em “Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular” da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e atua no Laboratório de Biotecnologia do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP.
O trabalho apresentado tem como título: “Avaliação da eficácia terapêutica de células NK CAR anti-GD2 com expressão de GITRL em modelos in vitro e in vivo de tumores de origem neuroectodermal”, orientado pela Profa. Dra. Virgínia Picanço e Castro. A pesquisa está vinculada ao Núcleo de Terapia Celular (NuTeC), apoiado pela FAPESP. As células CAR-NK têm mostrado importantes respostas antitumorais, no entanto, são necessárias melhorias no desenvolvimento para um resultado permanente.
A proposta do estudo é a utilização de um CAR de 4ª geração (armored CAR-NK) para potencializar a terapia celular. O objetivo é proporcionar uma abordagem mais segura e com menos efeitos adversos no tratamento do câncer.
Ter o estudo reconhecido como um dos melhores em um grande congresso é um marco importante, especialmente para pesquisadores em início de carreira. Esse é o caso da estudante de ciências Biomédicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) Karolina Santos Esteves, premiada no “48º Congresso da Sociedade Brasileira de Imunologia”, realizado de 25 a 29/09, em Fortaleza (CE).
Orientada pelo Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza, coordenador do Laboratório de Transferência Gênica do Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP, a aluna de iniciação científica apresentou no evento o trabalho “Generation of anti-GD2 ‘universal’ CAR-T cells through CRISPR-mediated TCR knockout with potent cytotoxic activity against glioblastoma cells”.
A pesquisa, apoiada pela FAPESP, avalia alternativas para a produção de células CAR-T alogênicas, ou seja, que podem ser geradas a partir de doadores saudáveis. Essa iniciativa traria vantagens sobre a atual terapia celular autóloga, que utiliza as células do próprio paciente, em muitos casos já debilitado. Dentre elas, uma possível redução de gastos operacionais e do risco de desenvolvimento da doença do enxerto contra hospedeiro (DECH), uma condição grave que ocorre quando as células-tronco do doador atacam o receptor, destruindo tecidos e podendo ser fatal.
Outros benefícios são a possibilidade de geração de múltiplas doses a partir de um único doador, permitindo o escalonamento da produção, a padronização do produto final e a redução dos custos de manufatura. A investigação apresentou avanços na avaliação do uso da terapia contra células do glioblastoma, um tipo de tumor maligno que afeta o cérebro ou a coluna vertebral.