Pesquisadores usam inteligência artificial para definir causas da anemia aplástica

Agilizar o diagnóstico da causa da anemia aplástica e auxiliar na definição do melhor tratamento, esse é o objetivo do algoritmo de machine learning desenvolvido pelos pesquisadores do CTC-USP em parceria com o National Institutes of Health (NIH)​, dos Estados Unidos.

A doença causa a redução do número de todas as células do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Em casos graves ela pode ser fatal.

Essa importante inovação é tema de um artigo publicado no periódico “Blood”, da American Society of Hematology, a principal revista de hematologia no mundo. O trabalho contou com a colaboração do Prof. Dr. Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor presidente executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC-USP.

O estudo “Differential diagnosis of bone marrow failure syndromes guided by machine learning” está disponível no link: https://doi.org/10.1182/blood.2022017518.

Clique aqui e confira a reportagem publicada pelo Jornal da USP.

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CTC-USP promove o XXII Curso de Verão: Genoma, Proteoma e Universo Celular

Estão abertas as inscrições para o “XXII Curso de Verão: Genoma, Proteoma e Universo Celular”. A iniciativa é promovida pelo Centro de Terapia Celular (CTC-USP) e será realizada totalmente online de 13 a 17/03, das 9h às 12h, no canal do YouTube do Hemocentro de Ribeirão Preto.A participação é gratuita e pode ser confirmada até o dia 10/03 no formulário disponível no link: https://linktr.ee/terapiacelular.

O objetivo do ciclo de encontros é oferecer ao público em geral e aos alunos universitários de diferentes cursos a oportunidade de conhecer as diversas linhas de pesquisa do CTC-USP, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. As apresentações também fornecerão embasamento teórico para estudantes interessados em ingressar nos programas de pós-graduação das áreas abordadas pelo evento.

A programação reúne palestras com pesquisadores, seguidas de sessões de perguntas e respostas. Terão direito a certificado os inscritos com 75% de presença nas aulas.

Para mais informações acesse o site https://linktr.ee/terapiacelular ou envie um e-mail para cursodeverao@hemocentro.fmrp.usp.br.

 

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Imunoterapia no tratamento do câncer é tema de folhetim da Casa da Ciência do Hemocentro RP

A imunoterapia tem mostrado resultados importantes no tratamento de diferentes tipos de cânceres, com impacto positivo na qualidade de vida dos pacientes. Para abordar este tema, os pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto, pós-graduandos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e a equipe da Casa da Ciência lançaram uma nova série de folhetins. O primeiro já está disponível e tem como título: “História da imunoterapia no tratamento do câncer”.

Clique aqui para acessar o material completo, na versão online e para impressão.

Os folhetins têm como características: textos curtos, linguagem acessível e ilustrações que convidam a uma leitura rápida, sem perder a profundidade dos conceitos apresentados. O objetivo é atualizar e ampliar o conhecimento de professores e alunos, além de divulgar a importância dos estudos realizados diariamente em centros de pesquisa e nas universidades.

O próximo folhetim será lançado no dia 11/02, no site do projeto, e terá como tema o combate ao câncer com o uso das células CAR-T.

A Casa da Ciência iniciou as atividades em 2001, como parte do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. O projeto busca aprimorar a cultura científica nas escolas e despertar o interesse dos jovens na área de ciências por meio de discussões, experimentos e pesquisas.

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Processo Seletivo para Bolsa de Especialização Médica

A Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto oferece:

Vaga: “BOLSA DE ESPECIALIZAÇÃO MÉDICA
Área: 01 (uma) vaga para área de Hemoterapia.
Inscrições: Exclusivamente via e-mail de 23/01/2023 a 06/02/2023.

EXIGÊNCIAS PARA INSCRIÇÃO
1 – Graduação em Medicina e Residência em Hematologia/Hemoterapia (adulto ou infantil) ou Oncologia Pediátrica*;
2 – Curriculum Vitae, com cópia dos comprovantes;
3 – 01 (uma) foto 3×4 recente;
4 – Cópia da Carteira de Registro Profissional (CRM) ou protocolo de solicitação de inscrição;
5 – Preenchimento da ficha de inscrição** (clique para baixar e imprimir) e cópia dos documentos pessoais declarados na ficha;
6 – Inscrições poderão ser realizadas através do envio dos documentos acima e ficha de inscrição preenchida para o e-mail: processoseletivo@hemocentro.fmrp.usp.br ;
7 – O candidato não poderá ter vínculo empregatício;
8 – Período integral com escala de revezamento, incluindo finais de semana e feriados. Carga horária: 60 horas semanais.
*A comprovação do término da Residência Médica será exigida no momento da admissão.
** Imprimir, preencher e enviar a folha digitalizada ou  foto legível.

DURAÇÃO
A Bolsa terá validade de 01 ano podendo ser prorrogada a critério da Diretoria, com início a partir de 06/03/2023.

BOLSA DE ESTUDOS
Além do treinamento especializado de aperfeiçoamento, o bolsista terá direito, mensalmente, a uma Bolsa de Estudos com valor a ser fixado pela FUNDHERP.

PROCESSO SELETIVO
O processo seletivo será constituído de prova de conhecimentos específicos e análise de curriculum vitae.

Programa para avaliação escrita:

  • Seleção de doadores de sangue;
  • Coleta de bolsas de sangue total;
  • Reações adversas à doação de sangue;
  • Doação/transfusão autóloga;
  • Grupos sanguíneos – ABO/Rh, Lewis, Ii, P, MNS, Kell, Duffy, Kidd;
  • Processamento do sangue e produção de hemocomponentes;
  • Modificação de hemocomponentes;
  • Triagem laboratorial de doadores de sangue;
  • Armazenamento de hemocomponentes;
  • Testes pré-transfusionais;
  • Transfusão de concentrado de hemácias, plaquetas e granulócitos, plasma e crioprecipitado;
  • Uso clínico de hemocomponentes leucorreduzidos, lavados e irradiados;
  • Uso clínico da albumina;
  • Administração do sangue e componentes;
  • Aférese para coleta de componentes;
  • Aférese terapêutica;
  • Complicações infecciosas e não-infecciosas da transfusão de sangue;
  • Manejo da pessoa com doença falciforme, talassemia e coagulopatias hereditárias;
  • Coleta, criopreservação, armazenamento e uso de células progenitoras hematopoéticas;
  • Portaria de Consolidação no. 5 de 28/09/2017 – Anexo IV DO SANGUE, COMPONENTES E DERIVADOS e suas atualizações;
  • Resolução – RDC ANVISA Nº 34, de 11 de junho de 2014 e suas atualizações;
  • Instrução Normativa – IN N° 196, de 25 de novembro de 2022.

Prova de conhecimentos específicos:
Data: 27/02/2023 das 8:30 às 12:00h Valor: 80 pontos
Local: HEMOCENTRO RP – Ribeirão Preto – SP
Rua Tenente Catão Roxo, 2501 – Ribeirão Preto – SP


Programa para avaliação de análise de curriculum vitae

Esquema de valorização de títulos:
1. Cursos ou estágios realizados:
De extensão universitária, aperfeiçoamento técnico e estágios com duração igual ou superior a 06 (seis) meses.
Valor por curso 1,0
Máximo computável neste item 5,0

2. Especialização na área/área afim:
Valor por título 2,0
Máximo computável neste item 4,0

3. Atividades docentes/Monitoria:
Monitor de cadeira universitária 1,0
Máximo computável neste item 3,0

4. Trabalhos/capítulos:
a) Em revista indexada ou capítulo de livro:
Valor por trabalho/capítulo 1,0
Máximo computável neste item 4,0

b) Apresentados em congressos:
Valor por trabalho 0,5
Máximo computável neste item 2,0

5. Participação em Congressos, Simpósios, Conclaves, etc:
Valor por evento 0,2
Máximo computável neste item 2,0

Valor: 20 pontos


Avaliação escrita: 80 pontos  – Análise curriculum vitae: 20 pontos – Valor total: 100 pontos
Critério de Aprovação: nota total ≥ 50% do total de pontos (≥ 50 pontos).

Observação: A prova de conhecimentos específicos será feita somente se houver mais de 01 candidato; em caso de ser somente 01 candidato, será feita apenas a análise de curriculum.

Resultado do processo seletivo: 28/02/2023
Início das atividades: 06/03/2023

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Hemocentro RP e Instituto Butantan vão desenvolver projeto-piloto para o combate ao câncer

Combate ao câncer avança com projeto piloto no Hemocentro RP e Instituto Butantan

O combate às leucemias e aos linfomas avança com a decisão da Anvisa em autorizar o projeto piloto que prevê o desenvolvimento de produtos de terapia avançada para o tratamento desses tipos de câncer utilizando as células CAR T. As pesquisas vão acontecer no Hemocentro, de Ribeirão Preto, e no Instituto Butantan, em São Paulo.

A terapia é um dos tratamentos mais avançados da ciência no combate ao câncer e já se mostrou capaz de causar remissão da doença. As células de defesa do paciente são modificadas em laboratório para aprender a eliminar a patologia. Depois, são recolocadas no organismo, potencializando o combate natural do corpo contra a leucemia ou o linfoma.

O diferencial da iniciativa é o foco total na disponibilização do produto final para a população brasileira pelo SUS, já que em instituições privadas este tipo de tratamento pode chegar a mais de 1 milhão de reais.

Esse é o objetivo do Programa de Terapia Celular, iniciativa da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, do Butantan, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP). Os estudos serão realizados pelos centros Nutera – Ribeirão Preto e Nutera – São Paulo. Esses dois núcleos serão as primeiras instalações a produzir a terapia CAR-T em escala totalmente no Brasil.

Doença – De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), vinculado ao Ministério da Saúde, só em 2022 foram diagnosticados mais de 10 mil casos novos de leucemia, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Atualmente, essa doença ocupa a 9ª posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres.

Em relação aos linfomas, um estudo do Observatório da Oncologia identificou mais de 90 mil casos da doença entre 2010 e 2020, prevalecendo o linfoma não-Hodgkin (74%), e um aumento de 26,8% de óbitos entre 2010 e 2019. O levantamento observou que o número de casos de linfoma não-Hodgkin duplicou nos últimos 25 anos, especialmente no grupo etário acima de 60 anos.

Projeto – O principal objetivo da Anvisa na implantação do projeto-piloto é promover suporte regulatório aprimorado e intensificado aos desenvolvedores nacionais de forma a contribuir e acelerar o processo de desenvolvimento destes produtos, por meio de uso e experimentação de ferramentas regulatórias disponíveis e inovadoras para controle de riscos, avaliação de benefícios e de comprovação de segurança, eficácia e qualidade de PTA.

A premissa é a busca por estratégias de otimização para o alcance de altos padrões de segurança, eficácia e qualidade dos produtos investigacionais para atender as necessidades dos pacientes brasileiros em tempo oportuno, com a perspectiva de impulsionar ao desenvolvimento e a aprovação destas terapias avançadas de forma célere, ampliando as oportunidades e criando um mercado competitivo.

Segundo a Anvisa, os produtos de terapia avançada, considerados medicamentos especiais e nova fronteira biotecnológica da medicina, são baseados em genes, tecidos ou células e podem oferecer opções de tratamento inovadoras para os pacientes.

Láb. Terapia Celular – Hemocentro RP

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A história da terapia CAR-T: 60 anos de evolução e pioneirismo em direção à cura do câncer

Tratamento inovador contra o câncer será produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, pela Universidade de São Paulo e pelo Hemocentro de Ribeirão Preto

Publicado em: 09/01/2023

A terapia celular CAR-T é a mais avançada e promissora ferramenta do arsenal médico no combate a certos tipos de câncer de sangue, como leucemia e linfoma. A tecnologia, que futuramente poderá ser adaptada para outros tipos de câncer, consiste em reprogramar as células de defesa do próprio paciente para eliminar as células tumorais. Desde a realização dos primeiros ensaios clínicos da CAR-T, em 2010, nos Estados Unidos, mais de 10 mil pacientes terminais em todo o mundo já foram submetidos ao procedimento e muitos alcançaram remissão da doença.

Eram pacientes desenganados, que recorreram à CAR-T como a última alternativa para tratar o câncer. Médicos que atuam com a terapia há anos estimam que, nos primeiros anos, a taxa de sucesso para a remissão dos tumores ficava entre 30% e 40% dos pacientes; hoje, a eficácia supera os 80%. Ou seja, 8 em cada 10 pacientes com leucemia ou linfoma em estágio terminal que se submetem à terapia CAR-T não apenas sobrevivem, como apresentam remissão completa dos tumores.

Recentemente, o Brasil entrou para o mapa de países que produzem essa terapia em grande escala, com a inauguração do Programa de Terapia Celular do Instituto Butantan, Universidade de São Paulo e Hemocentro de Ribeirão Preto. O objetivo do projeto é ampliar o acesso à CAR-T e disponibilizá-la no Sistema Único de Saúde (SUS).

Resultado de mais de 60 anos de pesquisa, a história da terapia CAR-T começou na década de 1950, com a descoberta do transplante de medula óssea, que é outro tipo de terapia celular. Entenda os avanços da ciência que levaram à criação da terapia CAR-T:

As células do timo

1950: Primeiro transplante de medula óssea
Foi a primeira vez que células vivas foram infundidas em pacientes para o controle do câncer – no caso, a leucemia.

1960: Linfócitos se mostram capazes de eliminar células cancerígenas
Cientistas demonstraram que os linfócitos, células do sistema imunológico que desempenham papel central na resposta imune, eram capazes de eliminar células cancerígenas em camundongos. Mas não se conhecia os tipos de linfócitos que estavam envolvidos nesse mecanismo. Um possível candidato era o linfócito hoje conhecido como célula T, mas não se sabia onde ele era produzido.

1961: Descoberto o local de produção das células T
Na Universidade de Londres, o imunologista australiano Jacques Miller identificou o local de desenvolvimento das células T: a glândula timo, situada entre os pulmões. Foi um imenso avanço, pois até aquele momento mal se conhecia a função exercida pelo timo no organismo. Na verdade, hoje se sabe que as células T nascem como células-tronco na medula óssea e de lá migram ao timo, onde se desenvolvem até assumir a sua função de defesa.

1973: Células-tronco de medula óssea são injetadas em paciente pela primeira vez
Cientistas injetaram células-tronco da medula óssea de um doador em um paciente que havia sido submetido a uma quimioterapia intensiva. As células do doador mataram as células cancerígenas do paciente e aquela foi considerada uma das primeiras imunoterapias bem sucedidas.

1977: Reconhecimento da imunoterapia
O americano Lloyd John Old, pioneiro da imuno-oncologia, afirmou em um artigo na revista Scientific American que “existe algo único em uma célula cancerosa que a distingue das células normais, e que essa diferença pode ser reconhecida pelo sistema imunológico”. Ele previu que a imunoterapia seria um quarto tipo de terapia contra o câncer, juntamente com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

1986: Pacientes são tratados com linfócitos infiltrantes de tumor
Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos trataram pacientes com linfócitos infiltrantes de tumor – células T e B que migram da corrente sanguínea para combater o tumor. As células foram removidas de um tumor e multiplicadas em laboratório para serem injetadas em grande quantidade nos pacientes. Alguns indivíduos conseguiram se curar de câncer em estágio avançado, mostrando que as nossas próprias células de defesa podem eliminar a doença.

Das células T para as CAR-T

1987: Criado o primeiro receptor quimérico de antígeno
Cientistas desenvolveram em laboratório um receptor quimérico de antígeno (CAR, de chimeric antigen receptor, em inglês). O DNA que codifica esse receptor foi implantado em células T para criar as células CAR-T. Assim, as células modificadas passaram a expressar o receptor específico que as permite identificar e se ligar aos tumores. Descobriu-se então que, uma vez que as células CAR-T se ligam às células tumorais, elas atraem outras CAR-T em grande número, ajudando a destruir as células do câncer.

Além disso, após eliminar os tumores, as CAR-T não desaparecem do organismo. Elas permanecem na circulação sanguínea por anos, tornando-se “guardiões” prontos a chamar outras células CAR-T para destruir novas células tumorais que eventualmente apareçam.

1992: Vetores retrovirais são usados para introduzir genes nas células T
O imunologista americano Michael Sadelain, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), começou a usar ferramentas de engenharia genética, chamadas de vetores retrovirais, para introduzir genes em células T. O objetivo era modificá-las para que atacassem tumores específicos.

1994: Cientistas aprendem a isolar células T
Pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), em Nova York, aprenderam a isolar células T específicas para uso em transplantes de células-tronco. Tais células se mostraram capazes de ajudar na prevenção de tumores causados por vírus.

1998: Introdução de uma molécula que estimula as células CAR-T (CD-28)
A equipe de Michael Sadelain, do MIT, mostrou que a introdução de uma molécula co-estimuladora (no caso, a CD-28) em células T modificadas (CAR-T) permitiu que elas permanecessem ativas no corpo.

2002: Construídas as primeiras células CAR-T com eficácia in vitro
Pesquisadores do MSK construíram as primeiras células CAR-T eficazes, direcionadas contra um antígeno específico do câncer de próstata. Essas células se mostraram capazes de sobreviver, proliferar e matar células cancerígenas da próstata em testes em laboratório, estabelecendo a viabilidade da terapia.

2003: Células CAR-T com a molécula CD-19 matam células de leucemia em animais
O grupo de pesquisadores do MIT mostrou que as células CAR-T contendo a molécula co-estimuladora CD-19 conseguiam matar células leucêmicas em camundongos.

2009: Estabelecido o processo de fabricação de células CAR-T
A mesma equipe do MIT foi pioneira no processo de fabricação de células CAR-T com a molécula CD-19 para uso em pacientes com leucemia resistente à quimioterapia e recidiva. Foi comprovado que o processo funcionava e que as células eram eficazes.

2010: Primeiros pacientes com leucemia são curados com CAR-T
Dois pacientes com leucemia linfoblástica crônica em estágio terminal foram voluntários do primeiro ensaio clínico da terapia CAR-T, realizado na Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia. Os pacientes alcançaram remissão completa e continuam livres do câncer até hoje. Após uma década, as células CAR-T ainda são detectáveis no organismo, de acordo com artigo publicado recentemente na Nature.

2012: Primeira criança com leucemia recebe a CAR-T
A primeira criança a receber a terapia foi a americana Emily Whitehead, então com 7 anos, que se encontrava internada com um quadro de leucemia terminal. Ela foi tratada pela equipe de Stephan Grupp, no Hospital Infantil da Filadélfia. As células CAR-T salvaram a sua vida e a remissão dos tumores foi completa. Hoje, passados 10 anos, Emily continua saudável.

2017: Aprovação da CAR-T pela Food and Drug Administration (FDA)
Desde os primeiros casos de aplicação bem-sucedida das células CAR-T, diversos outros ensaios clínicos foram realizados nos Estados Unidos, culminando em 2017 com a aprovação da terapia pela FDA, agência reguladora de saúde do país. Atualmente, a FDA já aprovou cinco diferentes terapias CAR-T para casos terminais de leucemia e de linfoma.

2019: Primeiros pacientes recebem a CAR-T no Brasil
O Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto (CTC-USP) aplicou a terapia de forma experimental em pacientes com cânceres de sangue, especificamente linfoma e leucemia, que não tinham mais alternativas de tratamento. A maioria alcançou remissão.

2022: Criação do Programa de Terapia Celular do Instituto Butantan, USP e Hemocentro
A tecnologia CAR-T agora se difunde no Brasil com os novos centros de produção de terapia celular para câncer criados pelo Instituto Butantan, pela Universidade de São Paulo e pelo Hemocentro de Ribeirão Preto, sediados nas cidades de São Paulo e Ribeirão Preto. As unidades terão capacidade de tratar de 200 a 300 pacientes por ano.


Este texto é uma colaboração do jornalista científico Peter Moon para o portal do Butantan

Link original da matéria:
https://butantan.gov.br/noticias/a-historia-da-terapia-car-t-60-anos-de-evolucao-e-pioneirismo-em-direcao-a-cura-do-cancer

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Participe da “II Semana da Imunoterapia” do Hemocentro RP!

A “II Semana da Imunoterapia” é uma ação de extensão comunitária dos projetos de pesquisa desenvolvidos no Hemocentro de Ribeirão Preto e será realizada de 23 a 27 de janeiro. As atividades, conduzidas em parceria com a Casa da Ciência, são destinadas a estudantes da rede pública e particular, de 14 a 18 anos, que estejam cursando entre o 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio.

As inscrições vão até o dia 19 de janeiro e devem ser realizadas pelo link: https://forms.gle/5KSoGuhmia4Swinq9.

O evento será em formato de curso, com aulas online e bate-papos ao vivo com pesquisadores da área, transmitidos no canal do YouTube da Casa da Ciência.

Clique aqui para mais informações.

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Pesquisa inovadora utiliza machine learning no diagnóstico de síndromes de falência da medula óssea

Uma parceria internacional envolvendo pesquisadores do National Institutes of Health (NIH-EUA), da USP e do CTC-USP desenvolveu um algoritmo de machine learning para orientar o diagnóstico de falência da medula óssea, com impacto em casos graves de pacientes com pancitopenia. A doença causa uma redução do número de eritrócitos, leucócitos e plaquetas no sangue e pode se manifestar com sintomas de anemia, leucopenia e trombocitopenia.

Essa importante inovação é tema de um artigo publicado no periódico “Blood”, da American Society of Hematology, a principal revista de hematologia no mundo. O trabalho contou com a colaboração do Prof. Dr. Rodrigo Calado, chefe do Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia Clínica da FMRP-USP, diretor presidente executivo do Hemocentro de Ribeirão Preto e pesquisador principal do CTC-USP.

O estudo “Differential diagnosis of bone marrow failure syndromes guided by machine learning”, divulgado no dia 21/12, está disponível no link: https://doi.org/10.1182/blood.2022017518.

O modelo representa um guia prático para o diagnóstico de falência da medula óssea e destaca a importância de variáveis clínicas e laboratoriais na avaliação inicial, principalmente o comprimento dos telômeros. Segundo os pesquisadores, a ferramenta pode ser potencialmente usada por hematologistas, profissionais de saúde e em centros com poucos recursos, com foco em testes genéticos ou para tratamento rápido de pacientes.

A técnica pode auxiliar na melhor decisão clínica. De acordo com os autores, o diagnóstico errado pode expor os pacientes a terapias ineficazes e caras, regimes de condicionamento de transplantes tóxicos e uso inapropriado de um membro da família como doador de Células-Tronco.

O machine learning é um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da inteligência artificial baseado na ideia de que sistemas podem aprender com dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.

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Pesquisador vinculado ao CTC-USP conquista prêmio internacional na área de Bioquímica

O trabalho realizado pelo aluno de doutorado John Teibo, vinculado ao CTC-USP, foi premiado pela International Union of Biochemistry and Molecular Biology. Com o “travel award”, o pesquisador vai realizar um estágio de três meses no laboratório do Prof. Dario Alessi, na Universidade de Dundee, na Escócia.

O estudo “Proteomics and Phosphoproteomic Analysis of Molecular Mechanisms and Signaling of Anti-CD19 CAR-T Cells Therapy in Leukemia and Lymphoma” é orientado pelo Prof. Dr. Vitor Faça, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da FMRP-USP e pesquisador principal do CTC-USP.

Para saber mais sobre a pesquisa premiada, assista ao vídeo abaixo produzido pela TV Hemocentro RP.

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Seleção para contratação de bioinformata por prazo  determinado para o projeto PRONON

A Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto seleciona profissionais técnicos especializados de  nível superior, para o preenchimento de 01 (uma) vaga por prazo determinado. A atuação será  no desenvolvimento de atividades e ações no projeto PRONON – DNA circulante tumoral  ct(DNA) como ferramenta diagnóstica e prognóstica em pacientes com linfoma não-Hodgkin  B agressivo, registrado sob NUP 25000.170392/2020-56. 

1 – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. 

1.1. A seleção do profissional será regida por esta seleção e executada pela Fundação  Hemocentro de Ribeirão Preto; 

1.2. A seleção visa constituir um rol de profissionais classificados, objetivando a contratação  por prazo determinado, por meio da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, em postos de  trabalho de nível superior; 

1.3. A seleção será efetuada mediante cadastro, análise de currículos dos candidatos e  entrevistas, sendo exigida dos profissionais a comprovação da habilitação profissional e da  capacidade técnica ou científica compatível com os trabalhos a serem executados;  

1.4. Os candidatos serão avaliados por uma Comissão interna e convocados de acordo com a  classificação e as necessidades do projeto e funções compatíveis com a área de atuação; 

1.5. A remuneração será de R$ 5.972,00, compatível com as atividades a serem desempenhadas  para os postos de trabalho de nível superior; 

1.6. Período integral com escala de revezamento, incluindo finais de semana e feriados. Carga  horária: 40 horas semanais; 

1.7. O candidato aprovado não estará vinculado a nenhum cargo ou emprego público, e será  contratado com o fim específico de atender às demandas temporárias de atividades do projeto  PRONON; 

1.8. As contratações serão financiadas com recursos oriundos do Projeto PRONON DNA  circulante tumoral ct(DNA) como ferramenta diagnóstica e prognóstica em pacientes com  linfoma não-Hodgkin B agressivo; 

1.9. A classificação constituída por esta seleção terá validade de 36 meses

2 – DOS REQUISITOS BÁSICOS EXIGIDOS PARA A CONTRATAÇÃO. 2.1. Ser brasileiro nato ou naturalizado; 

2.2. Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares;

2.3. Ter disponibilidade para viagem; 

2.4. Ter idade mínima de dezoito anos completos na data de contratação; 

2.5. Apresentar os documentos e comprovantes que se fizerem necessários por ocasião da  contratação. A falta de qualquer documento exigido automaticamente desclassificará o  candidato, com o chamamento do próximo da lista. 

2.6. Cumprir as determinações desta seleção; 

2.7. Não ser servidor da administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito  Federal e/ou dos Municípios, nem empregado ou servidor de suas subsidiárias e controladas,  ressalvadas as acumulações de cargos/empregos previstos na Constituição Federal e demais  normas, quando contratado pelo regime CLT. 

3 – DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES. 

Contratação por prazo determinado de profissionais de nível superior, com experiência  comprovada em Bioinformata, com o objetivo de executar tarefas de natureza técnico-científica relacionadas ao Projeto PRONON – DNA circulante tumoral ct(DNA) como ferramenta  diagnóstica e prognóstica em pacientes com linfoma não-Hodgkin B agressivo, registrado sob  NUP 25000.170392/2020-56. 

3.1. Objetivo: 

3.1.1. Detecção de variantes no DNA tumoral circulante (ctDNA) para diagnóstico e  prognóstico de linfoma não-Hodgkin B agressivo; 

3.2. Atribuições: 

3.2.1. Auxílio no prepare de bibliotecas de sequenciamento de nova geração (NGS); 

3.2.2. Condução das analyses de NGS utilizando pipelines personalizados e/ou ferramentas  comerciais; 

3.2.3. Utilização de modelos matemáticos e/ou estatísticos para extração de padrões dos  resultados obtidos no sequenciamento de diferentes tecidos e/ou momentos dos tratamentos de  um mesmo paciente, e entre diferentes pacientes; 

3.2.4. Cooperação com outros centros de pesquisa nacionais e internacionais. 

4 – DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. 

4.1. Exigências Imprescindíveis: 

4.1.1. Escolaridade: Ensino Superior completo em Biologia, Biomedicina, Informática  Biomédica ou Biotecnologia;

4.1.2. Doutorado: Bioinformática ou Genética; 

4.1.3. Experiência em Investigação genética de doenças monogênicas;  

4.1.4. Experiência mínima de 05 anos em análise de dados de NGS (painel multigênico e  exoma): análise primária (chamada de bases e controles de qualidade), secundária  (demultiplexação, alinhamento e chamada de variantes) e terciária (priorização e classificação  de variantes segundo o ACMG/AMP); 

4.1.5. Experiência na área de Hematologia; 

4.1.6. Línguas: Proficiência em Inglês; 

4.1.7. Publicações: em revistas científicas; 

4.2. Exigências desejáveis: 

4.2.1. Experiência de Bancada (wet lab): preparo de bibliotecas e desenho de ensaios funcionais  para validação de variantes; 

4.2.2. Experiência de Pesquisa no exterior. 

5 – DA LOCALIDADE DO TRABALHO. 

Os trabalhos serão realizados preferencialmente, em Ribeirão Preto/SP. 

6 – DO PERÍODO DE CONTRATAÇÃO. 

As contratações ocorrerão durante a vigência desta seleção, respeitando o prazo de execução,  descentralização de recursos orçamentários e financeiros, e as necessidades das atividades  previstas nos termos de execução, com início após a aprovação do Projeto PRONON limitado  ao prazo de 36 meses. 

7 – DAS INSCRIÇÕES. 

7.1. As inscrições serão feitas mediante o encaminhamento dos seguintes documentos: a) Currículo; 

  1. b) Cópia do diploma de graduação ou declaração de conclusão do curso; 
  2. c) Cópia da parte da carteira de trabalho relativa aos contratos celebrados, contratos de  autônomos e/ou outros documentos que comprovem a experiência/qualificação; 
  3. d) Cópia de comprovante de curso de doutorado.
  4. e) Línguas: Proficiência em Inglês; 
  5. f) Publicações: apresentação de trabalhos publicados em revistas científicas. 

7.2. Os interessados deverão encaminhar os documentos mencionados no item 7.1, via e-mail  através do endereço: processoseletivo@hemocentro.fmrp.usp.br.  

7.3. Serão aceitos os currículos enviados de 22/12/2022 até o dia 05/01/2023. Não serão aceitos  currículos encaminhados via correio. 

8 – DA SELEÇÃO. 

8.1. A seleção do candidato será processada por uma Comissão de Julgamento e Seleção,  designada para este fim específico.  

8.2. Etapas da Seleção: 

1ª Etapa: cadastramento dos currículos recebidos com a documentação solicitada; 

2ª Etapa: análise dos documentos recebidos para pré-seleção e, entrevista com candidatos pré selecionados; 

3ª Etapa: classificação dos aprovados. 

9 – DA CONVOCAÇÃO PARA INÍCIO DAS ATIVIDADES. 

9.1. A convocação dos candidatos selecionados será feita pelo Recursos Humanos da Fundação  Hemocentro de Ribeirão Preto, de acordo com as necessidades e durante o prazo de validade  desta seleção. 

9.2. Os candidatos convocados deverão comparecer ao Recursos Humanos da Fundação  Hemocentro de Ribeirão Preto, no prazo agendado, a partir da convocação; 

9.3. Será considerado desistente, perdendo o direito da contratação, o candidato que deixar de  apresentar a documentação necessária e/ou negar-se a cumprir as etapas necessárias para  contratação, dentro do prazo estabelecido;  

9.4. Será de responsabilidade do candidato selecionado manter seus dados cadastrais  atualizados junto a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto; 

9.5. A falta de documentação e/ou de comprovação dos requisitos mínimos exigidos para a  função tornará sem efeito o ato de convocação do candidato. Neste caso, o candidato será  eliminado.

10 – DA CONTRATAÇÃO. 

A contratação será condicionada a apresentação de cópia dos seguintes documentos: • Carteira de Identidade; 

  • Cadastro de Pessoa Física – CPF; 
  • Comprovante de residência atualizado; 
  • Carteira de vacinação (atualizada com Hepatite B, Tríplice Viral, Febre Amarela e Dupla  Adulto (Tétano e Difteria) e Covid; 
  • Outros documentos poderão ser exigidos, além dos relacionados acima. 

11 – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS. 

11.1. A coordenação dos trabalhos está a cargo da Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, e  serão executados em consonância com o PRONON e suas coordenações. 

11.2. Este Edital será disponibilizado no site: http://www.hemocentro.fmrp.usp.br

Seleção para contratação de bioinformata por prazo  determinado para o projeto PRONON Read More »

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