Hemocentro promove evento interno sobre o Nutera RP, a “fábrica de células”!

O Hemocentro de Ribeirão Preto realizou nesta sexta-feira (28/07), o primeiro de uma série de encontros internos focados no desenvolvimento do Núcleo de Terapia Avançada (Nutera RP), a “fábrica de células”. O evento conduzido pelo diretor médico da Instituição, Dr. Diego Villa Clé, reuniu colaboradores, pesquisadores e médicos da unidade sede, com transmissão on-line para os núcleos e unidades do Hemocentro RP que atendem 1/3 do Estado de São Paulo.

Na conversa, o Dr. Diego Clé explicou o que são as células CAR-T, a trajetória das pesquisas até a fase de aplicação clínica, como a terapia celular atua nos pacientes tratados, por que a terapia é restrita aos pacientes com leucemia linfóide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B, os próximos passos do estudo para a aprovação da Anvisa, além de destacar a importância da colaboração de todos os funcionários para o sucesso deste desafio e futura disponibilização para o Sistema Único de Saúde (SUS).

A pesquisa realizada no combate ao câncer com células CAR-T tratou até o momento 15 pacientes em caráter experimental, com resultados superiores às terapias convencionais.

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Lei estende atendimento prioritário a autistas, pessoas com mobilidade reduzida e doadores de sangue

Doador de sangue terá que apresentar comprovante com validade de 120 dias para exercer a preferência

A Lei 14.626/23, sancionada sem vetos pelo vice Geraldo Alckmin no exercício da Presidência da República e publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (20), estende o direito ao atendimento prioritário para pessoas com transtorno do espectro autista ou com mobilidade reduzida e para doadores de sangue.

A nova norma é oriunda de substitutivo do deputado Kim Kataguiri (União-SP) ao Projeto de Lei 1855/20, do senador Irajá (PSD-TO). O texto, aprovado pela Câmara dos Deputados em maio e pelo Senado em junho, prevê que o doador de sangue terá prioridade após grupos já contemplados pela Lei do Atendimento Prioritário, autistas e pessoas com mobilidade reduzida.

Atualmente, a legislação garante prioridade no atendimento a pessoas com deficiência, idosos a partir dos 60 anos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo e pessoas obesas. Com a lei sancionada, o doador de sangue terá que apresentar comprovante com validade de 120 dias para exercer a preferência.

Agora, caso não haja caixas ou guichês ou atendentes específicos, os públicos com prioridade devem ser atendidos imediatamente após a conclusão do atendimento que estiver em andamento, antes de quaisquer outras pessoas.

A nova norma também estabelece a reserva de assentos nos veículos das empresas públicas de transporte e das concessionárias de transporte coletivo para pessoas com transtorno do espectro autista ou com mobilidade reduzida.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Tratamento brasileiro contra câncer registra remissão em 80% dos pacientes

“São pacientes que já passaram por uma, duas linhas de tratamento. Quase todos já se submeteram a transplante de medula e recaíram. São pacientes fora de opção terapêutica, que já estavam em cuidados paliativos.
Nessa população que não respondeu a tratamentos tradicionais, a taxa de remissão tem sido em torno de 80%. Um resultado excepcional”, destacou o Prof. Dr. Dimas Covas, coordenador do CTC-USP e diretor científico do Hemocentro de Ribeirão Preto, sobre o tratamento com a terapia celular CAR-T voltada aos pacientes com leucemia linfoide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B.
A entrevista foi concedida ao SBT News. Confira a reportagem clicando aqui!

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Paciente com remissão total de câncer volta para casa

O Sr. Paulo Peregrino já retornou para casa! A excelente notícia foi contada na reportagem do Jornal Hoje, da Rede Globo.

O paciente recebeu o tratamento experimental com a terapia com células CAR-T no combate ao câncer, desenvolvida no Hemocentro de Ribeirão Preto/CTC-USP e realizada em parceria com a USP e o Instituto Butantan.

No segundo semestre, mais de 80 pacientes devem ser tratados com as células CAR-T para o estudo clínico, após autorização da Anvisa. O método tem como alvo dois tipos de cânceres: leucemia linfóide aguda de células B e linfoma não Hodgkin de células B.

A matéria completa também está disponível no Portal G1.

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Posto de coleta – 30 anos

O Posto de Coleta do Hemocentro, na rua Quintino Bocaiuva, 470, completou 30 anos. Nestas três décadas recebeu mais de 430 mil doadores.

Inaugurado em 30/06/1993, a comemoração aconteceu em 10/07, com a presença de doadores, funcionários e do professor Dimas Tadeu Covas, um dos responsáveis pela criação do PC.

Foram entregues placas comemorativas dos 30 anos para os doadores com maior número de doação: Andre Renato, Valdir Domeneghetti, André Luis e Humberto Souza.

Os dois funcionários com mais tempo de casa: Ricardo Barbosa e Rosa Ciavatta também foram homenageados.

 

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Estão abertas as inscrições para alunos no Adote Online da Casa da Ciência

O programa “Adote Online” começa as atividades do 2º semestre no dia 17 de agosto, às 14h30, no canal do YouTube da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto. Estudantes de 13 a 18 anos, cursando entre o 7º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio, de todas as regiões do país estão convidados a participarem!

A iniciativa vai trazer uma série de vídeos gravados pelos graduandos, pós-graduandos e docentes do campus da USP de Ribeirão Preto. Os palestrantes apresentarão conceitos das áreas em que atuam e solicitarão uma pequena tarefa no final de cada encontro virtual.

As inscrições vão até o dia 10 de agosto e devem ser realizadas pelo formulário disponível no botão abaixo.

Ao todo, serão 13 dias de atividades e um dia de finalização do semestre. Para receber o certificado do programa, o aluno deve enviar no mínimo 80% das tarefas solicitadas.

Para mais informações entre em contato pelo WhatsApp: (16) 98829-2065 e e-mail: contato@casadaciencia.com.br.

A Casa da Ciência do Hemocentro RP iniciou as atividades em 2001, como parte do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP.

Acesse o formulário de inscrição clicando aqui.

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O Ministério da Saúde quer saber a sua opinião sobre o uso dos novos medicamentos.

Nos últimos anos, foram alcançados importantes avanços terapêuticos voltados à hemofilia.

Para que haja a incorporação destes medicamentos pelo Ministério da Saúde e disponibilização para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), os tratamentos são, inicialmente, avaliados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC).

Após esta etapa, abre-se uma consulta pública, para que toda a sociedade (pacientes, familiares, profissionais de saúde) possa contribuir com experiências, depoimentos e pareceres técnicos a respeito. Todas as contribuições são avaliadas e servem para a tomada de decisão final de incorporação ou não do fármaco pelo SUS.

No momento, existem três consultas públicas para o tratamentos da hemofilia.

Caso tenha interesse em contribuir, acesse clicando aqui.

Consulta pública 20: Emicizumabe para tratamento profilático de pacientes de até 12 anos com hemofilia A, moderada ou grave, sem inibidores do Fator VIII.

Consulta pública 21: Emicizumabe para tratamento profilático de pacientes com hemofilia A, moderada ou grave, e anticorpos inibidores do Fator VIII, sem restrição de faixa etária, exceto aquelas em tratamento de indução à imunotolerância.

Consulta pública 24: Alfalonoctocogue para adultos e adolescentes (acima de 12 anos) com hemofilia A previamente tratados e sem inibidor.

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No Hemocentro de Ribeirão Preto, hemoterapia é sinônimo de excelência em segurança

Neste Julho Amarelo, o hemocentro de Ribeirão Preto dá o exemplo de como garantir um sangue livre de infecções, que inclui uma rigorosa triagem das hepatites B e C

Com uma base populacional de sete milhões de pessoas para atender, o hemocentro é responsável por coletar, processar e distribuir sangue, hemocomponentes e hemoderivados desde 1990. “Já coletamos 2.600.000 doações. Considerando que há, em média dois, a quatro hemocomponentes em cada doação, mais de 4.100.000 foram distribuídos. Portanto, uma grande parte da população foi beneficiada pelo nosso serviço”, calcula Vanderléia Bárbaro Valente, Gerente do Laboratório de Sorologia do Hemocentro RP.

O controle pré-analítico é realizado para assegurar a qualidade do sangue doado e a segurança dos receptores. A Gerente explica que os doadores, após aprovados na triagem fisiológica e entrevista, passam para as coletas e à fase analítica do laboratório: “Em um primeiro momento, estamos avaliando pessoas saudáveis, que foram aceitas nas entrevistas e testes físicos. Os ensaios servem para detectar possíveis eventualidades que não foram detectadas na triagem clínica e, consequentemente, evitar a transmissão de doenças por transfusão”.

Testes com 100% de sensibilidade

Em torno de nove mil doações recebidas todos os meses são testadas para HIV, Sífilis, Hepatite B, Hepatite C, Doença de Chagas e HTLV I/II. Os ensaios sorológicos são executados nas plataformas de automação da Abbott, em uma parceria de longa data.

“Na hemoterapia temos que trabalhar com testes que tenham 100% de sensibilidade garantida. Temos a responsabilidade de verificar se aquela bolsa coletada tem a segurança ideal para ser transfundida. Precisamos evitar os falsos-negativos e os kits utilizados precisam ter sensibilidade máxima para evitar a contaminação de pacientes. Devem ser específicos para esse fim, não podem ser os testes para diagnóstico”, ressalta a especialista.

Hoje, Vanderléia comenta que a Abbott tem possibilitado ao Hemocentro RP, garantir a sensibilidade exigida em ensaios e a capacidade analítica de todos eles. A tecnologia de ponta fornecida, além de manter uma vigilância constante dos testes para que detectem todas as variantes possíveis de cada vírus, reduz o risco transfusional. “É necessário uma vigilância muito grande em termos de produto”, avalia.

Saúde pública

Um serviço de hemoterapia realizado com os melhores testes também tem seu valor para a saúde pública. Atuando no Hemocentro de RP há 35 anos, Vanderléia reconhece que a qualidade dos testes minimiza danos à saúde pública: “A hemoterapia salva vidas duas vezes, seja para quem recebe o sangue e também para o doador assintomático, que eventualmente descobre que está infectado e pode evitar transmissões. É um grande benefício para a saúde pública”.

Dados do Hemocentro RP apontam que cerca de 1,5%-2% das bolsas coletadas são descartadas, seja pela positividade ou resultados inconclusivos. Esses casos são encaminhados para diagnóstico e tratamentos, além de serem informados à Vigilância em Saúde.

Hemoterapia e educação continuada

Pela Portaria, é exigido das empresas fornecedoras de serviços em hemoterapia um plano de educação continuada. “Devido à necessidade de conhecimento e capacitação profissional, melhoria de processos, é fundamental. A Abbott oferece programas como Abbott Transfusion Health Institute que são muito importantes”, destaca Vanderléia.

Os diversos treinamentos oferecidos pela companhia sobre a história da hemoterapia também chamam a atenção da especialista: “Estão valorizando a história da hemoterapia e dos profissionais, de onde viemos, onde estamos e onde não queremos chegar, é um resgate da humanização. É preciso saber que não oferecemos apenas resultados de exames e sim, segurança”.

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Você conhece as células T gama-delta?

Elas são o foco do novo folhetim da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto!

Estas células são parte de importantes estudos na área da imunoterapia para o tratamento de doenças. No procedimento são utilizadas células de um doador saudável para tratar um paciente doente, a chamada terapia alogênica.

As autoras do material, voltado para estudantes do Ensino Básico, são as pesquisadoras Sima Ebrahimabadi e Izadora Peter Furtado, doutorandas do programa de pós-graduação em Oncologia Clínica, Células-Tronco e Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP).

As terapias alogênicas ainda apresentam fatores limitantes, pelo fato de poderem causar rejeição do organismo entre indivíduos diferentes. Porém, novas pesquisas apresentam alternativas como as ferramentas de edição gênica ou células como a T gama-delta.

A Casa da Ciência iniciou as atividades em 2001, como parte do Centro de Terapia Celular (CTC-USP), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP. O projeto busca aprimorar a cultura científica nas escolas e despertar o interesse dos jovens na área de ciências por meio de discussões, experimentos e pesquisas.

Clique aqui para ler o folhetim!

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O desafio de implantar o tratamento do câncer com células CAR-T no Brasil

O Brasil tem diante de si uma oportunidade única de introduzir o tratamento no SUS no curto prazo e com significativa economia

Opinião Estadão Editorial da edição de 24/01

Opções terapêuticas para pacientes com leucemias agudas e linfomas de células B em estágios avançados não raro eram limitadas, com chances de sucesso variáveis, mas em geral não muito animadoras. Esse cenário um tanto desapontador tem sido modificado com a chegada do tratamento com células CAR-T. Essa terapia, que faz uso do próprio sistema imunológico do paciente, tem apresentado resultados promissores, levando à remissão e, mesmo, à cura. Trata-se de uma abordagem revolucionária, uma esperança renovada para os pacientes. Mas há um desafio considerável no caminho: o custo.

Em média, por paciente, esse tratamento custa aproximadamente R$ 2 milhões. Essa realidade torna o tratamento menos acessível tanto no sistema de saúde público quanto no privado. O tratamento é um processo dos mais complexos: exige a modificação genética e o cultivo industrial das células CAR-T, e para isso são necessários laboratórios especializados e ambientes classificados. Células CAR- T são células do sistema imunológico aperfeiçoadas no laboratório e são extremamente eficiente na destruição dos tumores.

E não se trata de um tratamento caro apenas no Brasil: ele impõe custos altamente restritivos na maioria dos países. O Brasil, no entanto, tem diante de si uma oportunidade única de introduzi-lo no Sistema Único de Saúde (SUS) no curto prazo e com significativa economia. Uma versão nacional dessa tecnologia foi desenvolvida pelo grupo de pesquisa do Centro de Terapia Celular (Cepid- Fapesp-CNPq-USP) de Ribeirão Preto. Em 2019 foi realizado o primeiro tratamento bem-sucedido num paciente com linfoma. Desde então, mais 13 pessoas com leucemias e linfomas de células B foram tratadas, também com resultados extremamente positivos – uma delas, inclusive, ganhou recentemente amplo espaço na mídia, repercutindo em todo o País.

Em 2021, o grupo de pesquisa e o Instituto Butantan estabeleceram parceria que resultou na instalação de duas unidades de produção, capazes de entregar inicialmente 300 tratamentos por ano. Uma dessas unidades é o Núcleo de Terapia Avançada (Nutera-SP) que fica no câmpus da Universidade de São Paulo na capital paulista; a outra (Nutera-RP) fica no Hemocentro de Ribeirão Preto. Com a aprovação do produto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a capacidade poderá ser ampliada para até 600 tratamentos por ano.

Esse objetivo, no entanto, demanda investimento. As fases 1 e 2 de um estudo clínico com cerca de 100 pacientes com linfoma e leucemia terá um custo aproximado de R$ 100 milhões. Mas isso levará a uma economia de cerca de R$ 140 milhões, se comparado com o custo do mesmo tratamento se for realizado em entidades privadas. O estudo clínico será realizado nos três hospitais de clínicas vinculados à USP e à Unicamp, em Ribeirão Preto, São Paulo e Campinas. A Anvisa deve aprovar o protocolo da pesquisa ainda no início deste segundo semestre e, uma vez aprovado, terá início imediato. O projeto foi apresentado recentemente ao Ministério da Saúde e a outros órgãos de fomento, em busca de apoio e financiamento.

Promover essa tecnologia essencial em nosso país poderá gerar benefícios que vão muito além dos ligados imediatamente à saúde dos pacientes. Não só o sistema de saúde brasileiro terá muito a ganhar, como uma nova indústria pode ganhar força e ajudar a impulsionar a economia do País. A indústria de terapias avançadas tem potencial de mercado estimado em R$ 5 bilhões no curto prazo. O Brasil tem a chance de se tornar uma liderança mundial neste campo.

Oferecer tratamento com células CAR-T no SUS é nada menos que uma opção revolucionária no combate ao câncer. O Brasil pode, assim, num futuro bem próximo, se equiparar aos países mais desenvolvidos do mundo em termos de tratamento de câncer.

Dimas Tadeu Covas, Professor titular de Hematologia da Universidade de São Paulo, É coordenador do Centro de Terapia Celular CEPID-FAPESP-USP e do Instituto Nacional de Células-tronco e Terapia Celular no Câncer (INCTC-CNPq-FAPESP).

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